quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Terça-feira

O apito do guarda na rua
O som do carro, ao longe
Pingos no telhado
E o rumor de trovões preenchendo a sala vazia
Entrelaçados com as frestas de luz
Que a persiana, por descuido
Deixa passar.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Poema à Vinícius

Vinícius, sorte tua
Ter morrido (de amores)
As mulheres de hoje, meu amigo
Pode acreditar
Já não gostam mais de flores
Há tempos flutuando
Por rios caudalosos
Por mares dourados
E duvidosos
“Boa viagem” - digo eu navegante,
E continuo a vagar
Mas agora, meu coração,
Duro e errante
Bate por um porto
Onde eu possa me atracar