quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cemitério dos sonhos

Passo por uma repartição pública
Com seus arquivos cinzas
E os ventiladores ligados
Com suas hélices girando
Vagarosamente
São três da tarde
Um funcionário público assobia
Enquanto mexe em uma pilha de papéis
E um copo de café morno repousa sobre sua mesa
Ele boceja e olha para o relógio
Que acaba de marcar

Três e sete.

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