quinta-feira, 26 de julho de 2012

Agradeço - 03/2006

Estava em Peruíbe, sábado, quando senti algo novo no meu universo de sensações. Eram quase seis da tarde e estava na água, no rasinho, vendo meu pai e minha sobrinha de cinco anos brincando e rindo. O tempo estava um pouco nublado, mas só um pouco, a luz do sol estava camuflada por entre as nuvens. Meu irmão e minha cunhada, na areia, conversando e sorrindo. E então olhei para os lados, e vi o mar, calmo e morno naquele fim de tarde de verão. Ao lado estava a linda montanha de Peruíbe, tão misteriosa e tão imponente...
Comecei a observar tudo ao meu redor, quieto, ouvindo só o barulho das ondas... meu pai, minha sobrinha, meu irmão e minha cunhada, o mar, os pássaros no céu, a montanha, a brisa do mar... foi então que me emocionei... Me emocionei por gratidão. Uma gratidão tão verdadeira e profunda pela minha vida, pelo barulho do mar, pela areia da praia, pelo ar que respirava... Quão gloriosa é a vida, quão glorioso é viver, é fazer parte de algo infinitamente complexo e belo. Agradeço por ser mais um grão de areia na imensidão do mundo, por ser parte desta perfeição, agradeço não por ser mais importante que aquela gaivota que voava na praia, agradeço por ser igual a ela, por ser igual à onda do mar, igual à montanha de Peruíbe...
Agradeço por existir. Agradeço por simplesmente ser.

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