quinta-feira, 26 de julho de 2012

Madrugada em São Paulo - 07/2006

Em boa companhia
Verde esmeralda
Do painel do meu velho carro
Saio por aí, e pelo asfalto vejo
Os holofotes dos imensos arcos do Chá
Transformando o chumbo, cinza e escuro,
Em ouro bruto
E em ouro,
Também se banham
Os Arcos do Jânio,
O Municipal e a Velha Sé
Vejo a dança luminosa, silenciosa e solitária
Dos faróis da Paulista
O reflexo milionário
Das muralhas multinacionais
Refletindo no Pinheiros, triste e belo
O compasso simétrico de luzes
Que cortam a 23
Os neons multicoloridos e multiconvidativos
Dos inferninhos da Augusta...

Definitivamente:
Há poucas coisas mais poéticas
Que as luzes de São Paulo na madrugada.

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